Museu do Samba oferece mais 25 vagas para professores, no programa de educação antirracista “Samba na Sala de Aula”
- jeanclaudiosantana
- Apr 2
- 2 min read

Localizado aos pés do Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o Museu do Samba abriu mais 25 vagas para o programa “Samba na Sala de Aula”, voltado à capacitação de professores do ensino fundamental que desejam conhecer experiências e metodologias de educação antirracista com utilização do samba. O treinamento acontece no próximo sábado (05/04), das 9h às 13h, na sede da instituição, localizada na rua Visconde de Niterói, 1296, na Mangueira. A inscrição é gratuita e pode ser feita por meio de formulário eletrônico, no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScEWEt9F3VnjzP63UqkT6W3P3haTRC20j7lDShF9gtnnASQdA/viewform?usp=header . O Museu do Samba já havia oferecido 50 vagas – todas preenchidas – e agora oferta outras 25, que serão ocupadas por ordem de inscrição.

A capacitação é feita em um formato diferente: uma professora e um compositor com seu cavaquinho intercalam palestra e música para os educadores da plateia. A programação abre às 9h com a palestra “Samba Conta História(s): Raízes do Samba – Resistência e Patrimônio Cultural”, apresentada pela jornalista Beatriz Coelho Silva (Totó), acompanhada pelo compositor Wanderley Monteiro, maior vencedor de sambas de enredo da Portela e autor de sucessos como "Água de chuva no mar" (gravado por Beth Carvalho).
Na sequência, estão programadas palestras com Nathália Basil, mestra em Relações Étnico-Raciais e pesquisadora de questões raciais, que falará sobre “Comunicação, Cultura e Educação Antirracista”, de 10h às 11h. Depois é a vez da palestra “Samba e Identidade Nacional – Samba e Brasilidade: Entre Mitos e Realidades”, com os palestrantes Alexandre Nadai e Claudio Honorato, diretores do Instituto Pretos Novos (IPN). Nadai é doutor em História e consultor técnico do dossiê Cais do Valongo para a Unesco; Honorato é jornalista, documentarista e diretor de Comunicação do IPN. A dupla se apresenta das 12h às 13h.
O programa “Samba na Sala de Aula” faz parte do Projeto Memória Social do Samba, e conta com patrocínios do Governo Federal - por meio do Ministério da Cultura e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) - e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, por meio da Lei do ISS (Lei Municipal de Incentivo à Cultura) e do Programa Ações Locais da Secretaria Municipal de Cultura. O projeto conta também com apoio do Instituto Oi Futuro.

“O programa Samba na Sala de Aula tem como objetivo capacitar professores e educadores para aplicação da Lei 10.639, que tornou obrigatório no currículo escolar o ensino de história e cultura afro-brasileira mas que, apesar de já ter 22 anos, ainda encontra muita resistência para efetiva implantação no ambiente escolar. O samba, como Patrimônio Cultural Brasileiro e com seu alcance cultural, social e ancestral, apresenta múltiplas possibilidades pedagógicas para os profissionais comprometidos com a aplicação da Lei”, explica Nilcemar Nogueira, fundadora e diretora de projetos do Museu do Samba.